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#02 · As novas IAs, robôs da Disney e clonagem de voz

SIM! Nós temos novidades. Nesta edição, a Com limão News traz mais do que conteúdo.

Por Victor Vasques · 20 de fevereiro de 2024

Olá! 🔥 Para evitar acidentes, quero avisar que a edição nº 02 está quente! Espero que goste dos ingredientes que coloquei nela. Hoje temos uma pitada de inteligência artificial, um pouco de design em flocos e podcast em rodelas, tudo isso flambado nas chamas do ódio de um ano sem feriados.

Se você está aqui desde a edição 00, vai perceber que fizemos alguns ajustes no design. Recebemos vários feedbacks e estamos melhorando para conquistar o mundo atender você! Dito isso, nesta edição você verá:

  • OpenAI apresentou o Sora, sua IA de vídeo. Mas o que isso significa?!

  • Servant: Uma jornada entre o real e o inexplicável

  • Ouça o podcast com o ACNUR sobre a realidade dos refugiados.

  • Robôs da Disney, a 4ª maior empresa do mundo e clonagem de voz.

  • “Computação espacial é o futuro” pra quem?

  • Gemini 1.0… 1.5? Onde vamos parar com a Corrida das IAs?

Destaque da Quinzena

Novidades e curiosidades com comentários (exclusivos) da equipe da Com limão News.

Tomaremos várias medidas de segurança importantes antes de disponibilizar o Sora nos produtos da OpenAI.

Página oficial do Sora, da OpenAI

OpenAI apresentou o Sora, sua IA de vídeo: Mas, o que isso quer dizer? Sora é um modelo de IA projetado para gerar cenas de vídeo realistas e criativas a partir de instruções textuais (os conhecidos prompts). Esse modelo pode produzir vídeos de até um minuto e, atualmente, está sendo avaliado por especialistas em segurança para — identificar potenciais riscos —, além disso está disponível para um grupo de artistas, designers e cineastas para feedback.

A OpenAI sinalizou que está trabalhando em uma ferramenta para identificar conteúdos fakes e que pretende incluir metadados em vídeos criados pelo Sora. Do ponto de vista técnico, isso é excelente. Mas será que resolve o impacto gerado naquela tia que recebe vídeos duvidosos por WhatsApp?

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Indicações Refrescantes

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Servant: Uma jornada entre o real e o inexplicável

“Servant”, do Apple TV+, foi uma série que me prendeu do início ao fim. A qualidade impecável que esperamos das produções da Apple TV+ brilha intensamente aqui, com uma história que te envolve completamente. Ela é perfeita para quem adora uma boa maratona, já que está completa, pronta para ser devorada.

A premissa é tão intrigante quanto perturbadora: um casal de luto após uma tragédia inimaginável adota uma abordagem terapêutica nem um pouco convencional, que desencadeia uma série de eventos misteriosos.

A presença de Rupert Grint, que muitos de nós conhecemos como o eterno Rony Weasley, é uma grata surpresa. Longe dos corredores de Hogwarts, ele é um grande destaque no elenco, mostrando uma versatilidade impressionante que enriquece cada momento em tela.

“Servant” conta com 4 temporadas muito bem estruturadas e é mais uma obra de M. Night Shyamalan, o mestre do suspense que sabe como manter nosso coração na mão.

Indicado por:
Andressa Jordano
editora do InovaSocial

Disponível em

Narrativas do Amanhã

Links para conteúdos que devem impactar o nosso futuro.

Reflexões de um especialista

Um convidado especial da Com limão News com textos exclusivos.

“Computação espacial é o futuro” pra quem?

Hoje, celulares e seres humanos são praticamente uma simbiose. Parafraseando Mark Fisher: É mais fácil imaginar o fim do mundo, do que ficarmos sem nossos celulares, — mas nem sempre foi assim.

O ano era 1973. Martin Cooper, gerente da Motorola, fez a primeira ligação pública de um celular que pesava cerca de 1 kg. Três anos depois, em 1976, a Apple lançava seu primeiro computador pessoal, o Apple I. Ainda levaria cerca de 20 anos para esses produtos se tornarem populares em massa.

Hoje, podemos dizer que a adoção de novas tecnologias pelas massas é um pouco mais rápida — como o PIX e ChatGPT, por exemplo — mas, acredito que estamos com expectativas muito altas com a computação espacial.

Uma “nova era”

O lançamento do Apple Vision Pro gerou muita especulação sobre “o futuro da tecnologia”. Para profissionais de Design, Produto e UX — que ainda estávamos nos recuperando do mito da substituição pelas IAs — foi mais uma bomba: precisamos agora, mais uma vez em pouco tempo, pensar e mudar como trabalhamos, para nos adequar às “novas interfaces espaciais”; muito alarde e preocupação para pouco impacto.

É claro, que, a popularização do celular e computador pelas massas levou muito tempo e não podemos cometer anacronismos — mas, achar que em um ano todo mundo vai estar andando de óculos de realidade virtual na rua, vamos combinar que é um pouco demais.

A impressão que dá é como se quisessem que os óculos substituíssem os celulares; e, se isso nunca acontecer (porque parece não fazer nenhum sentido), irá demorar um bom tempo.

Qual problema o Vision Pro realmente resolve?

Estamos evoluindo pouco a pouco e temos inúmeros desafios com essas novas realidades: interações, segurança e privacidade, limitações de hardware, acessibilidade, etc. Só para citar alguns.

Começar a olhar para esse “novo” universo é um ótimo momento e oportunidade, mas, particularmente, acredito que o maior desafio agora é: Por que precisamos da computação espacial?

Vejo que existem inúmeras vantagens do uso em vários cenários, principalmente corporativos e educativos. Imagine fazer operações cirúrgicas em um ambiente virtual, testar protótipos de construção civil e arquitetura, realizar diagnósticos clínicos, aumentar linhas de montagem, etc. Tudo isso é muito mais interessante do que fazer uma reunião online com um avatar feio do outro lado.

Computação espacial é o futuro?

Depende…

Para a indústria, talvez realmente seja. Para as massas e uso no dia a dia? Acredito que ainda não.

Antes de sair colocando esse tipo de tecnologia na mão das pessoas comuns para usos pessoais — como foram os computadores eletrônicos nascidos antes dos computadores pessoais e celulares, que se tornaram portáteis e hoje são itens essenciais do dia a dia — devemos pensar: Isso precisa mesmo ser algo essencial no dia a dia pessoal? Por quê? Quais são as vantagens e desvantagens; conhecidas e desconhecidas?

Por isso, o real objetivo das pessoas na área de tecnologia agora, não é pensar em interfaces e padrões de interação ou componentes de layout; mas, sim, descobrir o que realmente faz sentido trazer para o nosso dia a dia.

Isso provavelmente vai acontecer num momento ou outro. Mas não agora.

Referências:

Olá, Astra! As novidades no universo da inteligência artificial

Nesta seção, traremos algumas novidades sobre o universo da inteligência artificial. “Olá, Astra!” é uma brincadeira com a nossa personagem de IA, utilizada para produzir a primeira entrevista em áudio com uma inteligência artificial, no podcast do InovaSocial. (ouça aqui)

Animação comparando os comprimentos de contexto dos principais modelos básicos, listando Gemini 1.0 Pro com 32.000 tokens, GPT-4 Turbo com 128.000 tokens, Claude 2.1 com 200.000 tokens e Gemini 1.5 Pro com 1 milhão de tokens e até 10 milhões de tokens testado em pesquisa.

Gemini 1.0… 1.5? Contando! No início de fevereiro, Sundar Pichal (CEO do Google) anunciou “O próximo capítulo da nossa era Gemini”. A proposta é que a nova inteligência artificial substitua o Bard e tenha um desempenho muito superior ao do seu irmão (e dos concorrentes). Uma semana depois, agora em conjunto com Demis Hassabis, CEO e co-fundador da Google DeepMind, Pichal anunciou “Nosso modelo de próxima geração: Gemini 1.5”.

A grande questão não está só nos anúncios (tão próximos e tão relevantes), mas no salto de desempenho da nova versão. Traduzindo o gráfico do Google, o Gemini 1.5 coloca o GPT-4 Turbo para comer poeira.

Para além das questões técnicas (caso tenha interesse, sugiro que leia os dois textos do Google), isso tudo só mostra uma coisa: A Corrida das IAs está em velocidade máxima. E o problema de uma corrida a 300 km/h é que qualquer vírgula pode gerar uma fatalidade. Neste caso, um estrago em massa. Já vimos isso acontecer na Bolha da Internet… e não foi legal. Mas quem vai querer tirar o pé do acelerador logo agora?!